"O CAMINHO"

 

 

 

 

Li hoje que um número significativo de Engenheiros emigrou, e que na Ordem dos Arquitectos foi solicitado um número significativo de certidões para exercer a profissão noutros países, como: Reino Unido, Brasil, Angola, etc.

 

Os problemas que se põem à construção, em Portugal, neste momento, são graves. E as políticas de austeridade ainda os agravam mais. Não se vislumbram programas eficientes de reabilitação do parque habitacional, quando nós temos os centros urbanos com uma notória degradação, e os proprietários descapitalizados, para fazer face ao ónus da reabilitação  que se manifesta necessária.

 

A construção é necessária e imprescindível à reanimação do sector económico, dela dependendo, ou estando ligados, um número muito expressivo de actividades, que só com o seu estímulo se introduzirá sangue novo, a uma economia que definha e se afunda cada dia mais, com uma capacidade de sobrevivência limitada, e que se aproxima do final da sua resistência.

 

Seria muito mais importante para a reanimação da economia a introdução de programas de reabilitação financiados, do que a tributação cega em IMI, que descapitaliza e retaí os proprietários, para a reabilitação que se manifesta necessária.

 

Aguarda-se uma luz ao fundo do túnel, para que alguém se aperceba que caminhamos no trilho do abismo, e que urge mudar de trilho, enquanto é a tempo.

 

 

 

                                                                                              Outubro de 2013